Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Vinho do Porto envelhecido por 80 anos traz aromas de nozes, mel, café e figo

Porto Tawny 80 anos chega às lojas

Envelhecer bebidas alcoólicas combina tradição e ciência em busca de sabores cada vez mais únicos. Os produtores de vinho do Porto resolveram elevar essa arte que tão bem dominam a um patamar mais alto.

O Instituto do Vinho do Porto e do Douro criou no início do ano a classificação 80 anos para os Tawny, sua variedade que tem um envelhecimento prolongado. Para ter essa distinção no rótulo, a bebida precisa ser preparada com vinhos que tenham idade média de, no mínimo, 8 décadas de guarda. Em outras palavras, são utilizados vinhos produzidos com uvas cultivadas na primeira metade do século XX.

Dois produtores já lançaram suas versões octogenárias, em edições limitadíssimas.

Fundada em 1820, a Graham’s apresentou seu Porto Tawny 80 anos agora em abril. O responsável pelo blend foi o mestre provador Charle Symington, da quarta geração da família proprietária, em uma homenagem a seu pai, Peter Symington. Foram utilizados vinhos envelhecidos em cascos de carvalho. Apenas 600 unidades foram produzidas, que são vendidas a 2.000 euros.

A nota de prova realizada pelos enólogos (e essa parte sempre é muito legal…) encontrou uma gama de aromas com nozes, mel, café e figos secos. Na boca, suaves notas de tangerina, marmelo, praliné, baunilha e, depois, uma sugestão de caramelo torrado no longo final, encerrando com notas de tabaco e chá preto.

A Taylor’s, que produz vinhos desde 1692, lançou em março o Taylor’s Victory Port, em homenagem aos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Foram disponibilizadas apenas 1.945 garrafas, todas numeradas, acondicionadas em uma bonita caixa de madeira de freixo. Os interessados pagam 600 euros.

‘As notas de prova falam de uma tonalidade mogno profunda, com reflexos dourados acobreados na borda’. O nariz revela uma ‘complexidade aromática, com notas de rum, passas, melaço e caramelo. No nariz, revela uma magnífica complexidade aromática, rica e envolvente’. O paladar traz ‘nuances de noz-moscada, pão de gengibre, anis e marmelo, seguidas (quanta criatividade!) por uma explosão de pimenta preta, figos maduros, pudim de frutas e damasco em calda.’

O vinho do Porto é uma variedade única de vinho, produzida na região demarcada do Douro, em Portugal. Seu processo de fabricação inclui a adição de aguardente vínica para interromper a fermentação, tornando a bebida mais doce e mais alcoólico.

Após a fortificação, o vinho envelhece em barris de carvalho. As variedades Porto Branco e Ruby, mais jovens, são guardadas em balseiros de pelo menos 20 mil litros. No caso dos Tawny, os vinhos são transferidos para pipas de 550 litros, o que aumenta o contato da bebida com a madeira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja mais

Posts relacionados:

Os cartões-postais de antigamente que não deixavam ninguém sóbrio

Os cartões-postais de antigamente que não deixavam ninguém sóbrio

O envio de cartões postais com piadas e frases de duplo sentido foram muito comuns no século XX – e muito deles tratavam de bares e bebedeiras.

Em um tempo sem transporte eficiente e muito menos sem internet, essas correspondências eram usadas para contar sobre viagens, fazer convites, falar das novidades, avisar que estava chegando ou simplesmente manter contato, como hoje podemos fazer simplesmente com uma mensagem no Whatsapp. De um lado do cartão, ficava uma imagem que chamasse a atenção por uma razão. Da outra, um espaço para o endereço do destinatário e uma breve mensagem. O envio era feito pelos Correios.

Poeminhas bêbados de Millôr Fernandes

Poeminhas bêbados de Millôr Fernandes

Além de incontáveis crônicas, desenhos, fábulas, frases e ideias fantásticas, o genial Millôr Fernandes nos brindou com dois poemas que ilustram com perfeição a sensação

Até tu, Guinness? Chega aos pubs ingleses a versão sem álcool da stout irlandesa

Até tu, Guinness? Chega aos pubs ingleses a versão sem álcool da stout irlandesa

As bebidas zero álcool, passo a passo, conquistam cada vez mais consumidores. É um caminho sem volta.

Marcas globais têm se dedicado e melhor seus produtos e traçar estratégias para conquistar um público enorme, que engloba desde quem evita álcool por razões religiosas até os que não podem beber por questões médicas ou simplesmente aqueles que vão ter de pegar o carro depois de uma festa.

Até a conservadora e cautelosa Guinness acelerou seus planos. A Diageo, a dona na marca, anunciou no início de setembro que vai começar a distribuir o chope sem álcool da clássica cerveja para pubs de toda a Inglaterra, depois de um teste bem sucedido em alguns bares da Irlanda.

Que vinho, que nada! A essência etílica da Argentina está na Hesperidina

Que vinho, que nada! A essência etílica da Argentina está na Hesperidina

Nada de vinho malbec ou misturar Fernet Branca com Coca-Cola. Entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX, a alma etílica de Buenos Aires atendia pelo nome de Hesperidina, um licor a base de laranjas amargas (Citrus aurantium), na mesma linha de um triple sec, mas só que mais suave e menos alcoólico.

Pouco conhecida fora da Argentina, ainda hoje é comercializada em supermercados e pequenas bodegas do país. Nem sempre é fácil de achar. A garrafa custa por volta de 40 reais.

A bebida foi criada em 1864 pelo imigrante americano Melville Sewell Bagley, que se estabeleceu em Buenos Aires em meio ao crescimento urbano e comercial da cidade. Inicialmente foi apresentada como um ‘bitter estomacal’, dentro de uma ideia comum à época de que as bebidas alcoólicas podiam fazer bem à saúde.

Logan Roy, de Succession, volta à cena para brindar com uma Piña Colada  

Logan Roy, de Succession, volta à cena para brindar com uma Piña Colada  

O clã inteiro pensaria estar diante de (mais) uma de suas tramoias. Logan Roy, o mandachuva da série Succession, volta à cena de uma forma surpreendente: terno cor-de-rosa choque, patins, óculos escuros e uma Piña Colada nas mãos.  

Embora seja fã incontestável de legítimo uísque, o premiado ator escocês Brian Cox, que interpreta o magnata na televisão, foi o escolhido para ser o garoto-propaganda da vez de Malibu, o emblemático licor de rum com sabor de coco

A propaganda é divertida ainda que fique uma pontinha de estranheza pelo fato de o seriado ter sido finalizado faz algum tempo.