Embora tenha origem russa, a vodca Smirnoff ganhou dimensão internacional depois de conquistar os Estados Unidos.
A bebida chegou por lá em meados em 1934 pelas mãos de Rudolph Kunett, um russo que fugia do regime bolchevique e comprou a receita e os direitos da marca diretamente do criador da empresa, Vladimir Smirnov logo depois do fim da Lei Seca — momento mais do que perfeito para ganhar espaço no mercado mais rico do mundo, onde até então a preferência era absoluta por cervejas e uísques de segunda linha. A primeira fábrica foi erguida em Bethel, no estado de Connecticut.
Kunett começou explorando sua conexão com a nobreza czarista, destacando os quatro brasões nacionais da Rússia, recebidos quando a família Smirnov tinha o privilégio de abastecer o próprio czar com sua vodca.
O boom veio a partir dos anos 1950 quando a Smirnoff já tinha um outro dono (o inglês John Martin, que pagou 14.000 dólares pelo nome e os equipamentos, mais um valor em royalties por 10 anos a Kunett) e decidiu acelerar seus investimentos em propaganda para crescer nacionalmente, numa série de cartazes que se tornaram icônicos.
A estratégia foi abusar do glamour e utilizar a imagem de artistas e outras celebridades para mostrar a bebida, aproveitando para destacar drinques como um dry martini feito de vodca (que o 007 ajudou a popularizar ainda mais) e o Moscow Mule (criado pela marca nos anos 1940).
Essa linha de campanha publicitária permaneceu até os anos 1970 e teve como protagonistas os mais diferentes perfir: a musa Zsa Zsa Gabor, o cineasta Woody Allen, o comediante Groucho Marx, a atriz Julie Newmar, o ator Vincent Price e muitos outros.
A galeria abaixo traz alguns dos anúncios preparados pela Smirnoff.









